De larva a borboleta.

Gustavo Wiering
Aug 11, 2021

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Inconsciência e Sentido.

O drama é pensar no tempo de larva… de casulo… e no quanto é curta a duração do mesmo ser quando na forma de borboleta.

Voar é seu último ato de existir.

Seu voo, único modo de lutar pela perpetuação da vida.

Esta luta, em nada se confunde com a própria vida.

É sobre a vida de outros.

Uma inconsciente compreensão do valor do conjunto. Do sentido da vida.

Não há felicidade para uma borboleta que voa em busca de satisfação própria.

Suas cores não se prestam a vaidades egocêntricas comparativas, competitivas, exibicionistas ou que hierarquizem-na frente a outras borboletas.

Voar não é uma experiência individual e aventureira.

Mas haverá sim felicidade, sentido, beleza e vida, nos voos em direção dos novos frutos, que não conhecerá, mas que a sucederão perpetuando sua existência.

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Gustavo Wiering

Mamífero comum. Sem rótulo, sem modo de usar. Arquiteto, curioso, interessado.